O astrônomo amador brasileiro José Luis Pereira descobriu um provável novo impacto no Gigante Gasoso do Sistema Solar, no dia 13 de setembro de 2021, às 22:39:30 UTC, 19:39:30, horário de Brasília.
As condições meteorológicas não eram boas no momento, mas Pereira decidiu procurar de qualquer maneira por possíveis flashes usando o software DeTeCt.
Apesar das condições não favoráveis, Pereira suspeitou que tinha visto um impacto em seu primeiro vídeo então resolveu executar o DeTeCt para confirmar. O programa alertou que o que ele tinha observado tinha uma alta probabilidade de ser de fato uma colisão. Se confirmado, esse será o oitavo impacto registrado em Júpiter desde o primeiro em julho de 1994, quando os fragmentos do cometa Shoemaker-Levey 9 se chocou com o planeta e deixou na sua atmosfera cicatrizes profundas.
Júpiter tem uma elevada velocidade de rotação, ele leva menos de 10 horas para rotacionar em seu eixo. Para encontrar uma potencial mancha escura deixada pelo impacto na atmosfera do planetas você precisa saber a latitude e a longitufe. Mas pelo fato do planeta não ser um corpo rígido, a rotação varia com a latitude. As regiões equatoriais de Júpiter giram mais rapidamente do que as regiões polares. E por isso são usados 3 sistemas para determinar a longitude de uma determinada feição em Júpiter. O Sistema I, é usado para locais dentro dos 10 graus de distância do equador de Júpiter, o Sistema II é usado para todas as altas latitudes, e o Sistema III é usado para ajustar a rotação do planeta com a rotação de sua magnetosfera. Normalmente um evento detectado em Júpiter é relatado nos três sistemas. Então Pereira capturou o flash do impacto na latitude -5.5 graus e longitude 105.7 graus no Sistema I/L1, em 83.3 graus no Sistema II/L2 e em 273.4 graus no Sistema III/L3.
Pereira disse que para ele foi um momento de grande emoção, ele disse também que estava buscando registrar um evento desse tipo por anos.
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