Pela primeira vez, astrônomos puderam confirmar a detecção da colisão entre um buraco negro e uma estrela de nêutrons, certamente um dos eventos mais extremos do universo. A descoberta por si já é histórica, mas não veio sozinha — foram duas ondas gravitacionais distintas detectadas em um intervalo de apenas dez dias.
Os buracos negros são objetos astronômicos que têm uma gravidade tão forte que nem mesmo a luz consegue escapar. Estrelas de nêutrons são estrelas mortas incrivelmente densas. Estima-se que uma colher de chá de material de uma estrela de nêutrons pese cerca de 4 bilhões de toneladas.
Ambos os objetos são monstros cósmicos, mas os buracos negros são consideravelmente mais massivos do que as estrelas de nêutrons.
Na primeira colisão, que foi detectada em 5 de janeiro de 2020, um buraco negro que tem seis vezes e meia a massa do nosso Sol colidiu com uma estrela de nêutrons que era 1,5 vezes mais massiva do que nossa estrela. Na segunda colisão, detectada apenas 10 dias depois, um buraco negro com dez vezes a massa solar se fundiu com uma estrela de nêutrons com duas vezes a massa solar.
Quando objetos tão massivos como esses colidem, eles criam ondulações no tecido do espaço chamadas ondas gravitacionais. E foram essas ondulações que os pesquisadores detectaram.
Os pesquisadores olharam para as observações anteriores com novos olhos, e muitas delas provavelmente foram colisões semelhantes.
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