O Que Provocou o Fogo da 'Porta do Inferno', Cratera que Queima há Décadas

FOTO:DIVULGAÇÃO

É assim que é conhecida a Cratera de Darvaza, localizada no norte do Turcomenistão, uma ex-república soviética, na Ásia Central. Com 69 metros de largura e 30 metros de profundidade, do interior da cratera emana o gás natural que queima há décadas.

A história mais difundida diz que em 1971, vários geólogos soviéticos estavam perfurando o deserto de Karakum com o objetivo de encontrar petróleo.

Nisso, se depararam com uma reserva de gás natural que fez com que a terra desmoronasse, formando três grandes sumidouros.

Para evitar que o metano fosse liberado na atmosfera, uma teoria indica que os geólogos atearam fogo em um dos sumidouros, pensando que iria queimar em questão de semanas. E ela nunca mais apagou desde então.

Como a cratera surgiu em um deserto remoto, o impacto do ocorrido era mínimo.

E como a União Soviética (URSS) não tinha problemas de abastecimento de gás, já que produzia cerca de 700 bilhões de metros cúbicos por ano, é provável que queimá-lo tenha sido a alternativa mais prática, acredita o especialista.

FOTO:DIVULGAÇÃO

"Queimar 15 mil ou 16 mil metros cúbicos por ano, que é quatro vezes o que a Suíça usa por ano, para eles não era nada. Então, em vez de pensar em usá-lo racionalmente ou canalizá-lo, o que requer infraestrutura de construção, eles simplesmente podem ter decidido queimá-lo", sugere.

Por outro lado, Stefan Green, microbiólogo que participou da expedição de Kourounis, explica que "liberar metano de maneira descontrolada é uma ideia muito ruim", por isso há uma certa lógica em queimá-lo.

"É extremamente perigoso, se estiver queimando constantemente, não se acumula em uma determinada área. Do contrário, você terá uma grande explosão de vez em quando", argumenta.

Embora seja prejudicial gerar dióxido de carbono (CO2) pela queima de gás, é muito mais nocivo liberar metano na atmosfera.

Trata-se de uma prática muito comum por grandes produtores de petróleo como Iraque, Irã e Estados Unidos.

Seja como for, o fogo perdura há anos.

Comentários